18 de janeiro de 2014

Solidão

Sentada entre bonecas e cartas não enviadas.
Com seus fantasmas a persegui-la.
Os esqueletos do armário nunca desaparecem.
O baú aberto no canto.
Pelo chão, estão espalhados os anos, os medos, os sonhos.
Nos olhos as lágrimas não derramadas
O grito é mudo...
O choro sufocado.
Ninguém avisou que crescer seria tão difícil!!
A fragilidade sempre disfarçada
Transborda entre quatro paredes.
A solidão até agora dissimulada
Se espalha como sangue em seu ser!!
E sozinha tenta tudo esquecer...
Mas parece que o chão a chama
Ela já não consegue se levantar.
Sozinha se arrasta...
Arrasada pelo  medo e pela desilusão!!
Mas ela sabe que não pode desistir...
E aos poucos vai coletando os pedaços de sua vida
Recolocando-os no baú!!
Já temendo hoje, a próxima vez que os libertar!!!


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