10 de abril de 2017

Alegria


Hoje foi um daqueles dia que a gente faz umas coisinhas mínimas, que se traduzem em se amar mais. Não, não foi um corte de cabelo, uma manicure ou um batom vermelho, muito embora todas essas coisas sejam efetivas no cuidado do auto amor. Hoje foi dia de cinema, sozinha, independente, filme da DC. Hoje foi dia de lembrar que é possível encontrar alegria em estar em sua própria companhia e nas mínimas coisas.
Do cinema para livraria...
Vai ser difícil quantificar o estado de espírito que eu fiquei dentro daquela loja, enquanto me perdia em prefácios e admirava encadernações, passava mão por aquelas lombadas e letras destacadas. Naquele ambiente não particular e ao mesmo tempo extremamente privado. No meu mundo especial, onde parece que de uma certa forma todos ao redor também pareciam estar. Não no MEU mundo especial, mas no deles. Alguma vez vocês já pararam para observar as reações das pessoas dentro de uma biblioteca ou uma livraria? Experimente, vale a pena!! O sorriso veio fácil, a sensação de alegria, de estar no lugar certo. Fui olhando e me enamorando de tanto versos, prosas, histórias e estórias, que me perdi e me achei. Escutei conversas sobre séries, indicações de autores conhecidos e anônimos. E foi assim entre uma palavra e outra que me vi no meio de um gostoso bate papo. De onde viemos, há quanto tempo estamos, o que estamos lendo, procurando. Foi fácil, foi leve... o difícil foi não sair com mais livros do que eu poderia carregar. O peso que restou foi só o da pura satisfação misturada com o contentamento. E a lista de 2019? Já se encontra maior que o número de meses...



A. Martins
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23 de março de 2017

Pobre rico adulto menino

Ele me pediu apenas um beijo...
Não sabia ele que eu estava disposta e lhe entregar meu coração
Ele me trouxe lágrimas...
Não sabia ele que eram os meus sorrisos que eu trazia para juntos compartilharmos
Ele me pediu minutos...
Não sabia ele que teria todo tempo se morada quisesse fazer
Ele queria o tudo mas me pediu o nada
E por medo de ficar fugiu, sem contudo partir... olhando de longe o meu desabrochar
Pobre menino em corpo de homem!
Não foi ensinado a amar, a respeitar.
Vi o amor, mas teve receio de com ele falar. Nem de longe conseguiu cumprimentar.
E perdeu, sim perdeu tudo de mais precioso que a vida poderia lhe dar...
Ganhou dinheiro, foi bem sucedido...
Mas não tinha um Abraço em dia frio, um mão para nos dias difíceis se apoiar... 
Perdeu os filhos que não existiram... perdeu amor que não aconteceu
Ouvi dizer que ainda vive de galho em galho, mendigando momentos, carícias, vivendo histórias fugazes que não resistem ao tempo.

Pobre rico adulto menino... Que a verdadeira solidão nunca o deixa pra lá.
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