25 de abril de 2013

Só Hoje...



Hoje me sinto como uma menininha sentada numa pedra cercada por oceano. Sozinha.

Com meus pés tocando a água. Água cristalina... límpida.... calma... quente.
Hoje me sinto mais menina que mulher... frágil... delicada. Quebrada!
Certas coisas são compreensíveis.  Mas isso não impede que machuquem... que doam.
Hoje eu queria colo...
Só hoje eu não queria ser forte...
Queria tirar a armadura e respirar sem o peso do metal.
Só hoje eu queria que entendessem que os fortes também choram
Sofrem...  se machucam.
Só hoje...

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15 de abril de 2013

Amar, verbo intransitivo.


Não precisa de complementos. Não precisa de justificativas. É completo por si só em si mesmo.

Amar não é arrebatador, não tira o senso de direção. O amor é racional,  simples,  cativante. Como diria Camões Amar é querer estar preso por vontade. É ter o livre arbítrio e ainda assim escolher estar um dia depois do outro ao lado da mesma pessoa.  Amar é escolher estar perto mesmo quando no auge da impaciência, você deseja todos longe. O amor se constrói diariamente, nas pequenas e grandes coisas da vida. Não se ama num dia, numa tarde. Esse sentimento rápido e instantâneo não é amor, isso se chama paixão.


A paixão surge de um papo, de um rápido momento de aparente sincronia. O quanto ela dura... ah depende. Ela pode durar tanto que se confunde com o amor. Mas existe uma diferença crucial entre ambos. E essa diferença que faz com que o amor seja mais duradouro que a paixão. A paixão é como uma pessoa viciada em drogas é sempre preciso mais e mais. A mesma dose de ontem já não promove o mesmo "barato", assim é nos relacionamentos. Um casal somente apaixonado está sempre em busca de uma nova emoção. Eles precisam estar no "barato" o tempo todo. Sentirem em cada batida do coração o sentimento, em cada momento vivenciarem a intensidade máxima da relação.

O amor é diferente é calmo, tranquilo, sereno. É intenso de sua maneira, mas diferente da paixão com o tempo exige menos. É necessário progressivamente menos esforço para provocar a mesma felicidade e sensação de bem estar. O abraço de quem se ama, a presença silenciosa, o sorriso do bem amado são muitas vezes o suficiente para um momento de felicidade suprema.

Enquanto a paixão te tira o chão e te deixa inconsequente, o amor te fornece direção, segurança.  

Em nossa realidade hoje houve uma banalização do verbo amar. As pessoas dizem eu te amo como trocam de roupa e com essa mesma "efemeridade" deixam de amar. Confundem carinho, com paixão e paixão com amor. E quando finalmente amam já estão tão calejadas de suas confusões e erros que não reconhecem o sentimento mais supremo que existe. E quando assim o fazem ainda possuem um medo irracional de admiti-lo.

Seria cômico se não fosse trágico ver tantos jovens e adultos que dizem eu te amo quando não amam e não o assumirem quando o sentem. Nossa geração precisa urgentemente entender a simples diferença entre amar e se apaixonar. Apreender a ter paciência para esperar o momento certo e a pessoa certa de se viver um sonho a dois. Quem ama verdadeiramente vive uma paixão diluída por toda vida.

A impaciência é a maior inimiga do amor e a melhor amiga da paixão.

A. Trieste

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9 de abril de 2013

Apenas Lembre-se de Como Respirar...


Acorde. Levante. Corra.Tome Banho. Se arrume. Saia. Sorria. Seja educada. Bom dia. Boa tarde. Boa Noite. Seja responsável. Não se atrase.
Não desista.
Só mais um dia. Só mais uma hora.
Quantas vezes sorri quando queria chorar.
Falei baixo quando tinha necessidade de gritar.
Respondi sim querendo dizer não.
Quantas vezes se quer tive tempo pra me sentir cansada.

Quis jogar tudo fora,  desistir,  virar hippie, mas ao invés de disso descobri maneiras de me reinventar. Encontrei novas formas de continuar lutando. De levantar a cabeça e dizer eu posso, eu consigo. Na dificuldade surge uma necessidade de auto-superação, de auto-preservação. Você se descobre um gigante mesmo se sentindo ninguém.

Se tudo tá difícil apenas feche os olhos por um segundo. Escute sua respiração. Em algum momento vai passar... o Choro vai cessar e inexplicavelmente virar um momento de calmaria. Independente do quão poderosa seja uma tormenta uma hora ela vai parar e o sol voltará a brilhar. Apenas não deixe de respirar.

Quando você não souber pra onde ir  apenas lembre de como se dá um passo na frente do outro. Apenas lembre a si mesmo que você é alguém que pode vencer. Apenas decida continuar e não esqueça de respirar.

Se você tiver no 8º andar e souber que para ser feliz é preciso pular. Feche os olhos e sinta a Adrenalina. Apenas não esqueça de respirar.

Se tudo está confuso não se desespere. Ligue o reflexo. Passe a agir medularmente. Não pense muito. Faça um controle de dano. Siga seus instintos. Eles te farão sobreviver. Apenas continue respirando.

E quando você achar que não vai mais conseguir... fique calmo. Sente-se e deixe a sensação ir embora. Depois levante e continue andando. Apenas lembrando-se de sempre respirar.

Quando se sentir indefeso, triste e sem forças... Mantenha o seu basal. Apenas respire e lembre sempre de como se caminha...  um passo de cada vez.

Ninguém vence uma batalha sem antes lutar. Ninguém nasce sabendo como proceder. Você surge como um conjunto de reflexos. Ao mesmo que tudo esta programado nada é voluntário. Deixe-se levar.

Quantas vezes vivi numa realidade que ser humana era sinal de fraqueza, numa realidade que era preciso se esquecer sua dor e aprender a superar o medo.

Sorria, não se desespere. A sua tranquilidade e serenidade vão incomodar muito mais que o seu desespero.

Apreenda a baixar a cabeça quando necessário, mas sem jamais perder sua identidade por isso!!

Ana Nataly Trieste

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8 de abril de 2013

E daí...?



E daí se eu gosto mais de Creme de leite que leite moça, se acho uma excelente combinação banana gelada com sopa quente ou que leite bom é leito puro e morno.

E  daí  se eu acredito que Eva foi criada da costela de Adão, que cristo morreu e ressuscitou, que exististe um ser superior digno da minha adoração, que vale a pena viver uma vida de comunhão com Ele.

E daí se balada inédita já não me chama a atenção. Se os prazeres de uma noite já não me apetecem. Se eu descanso aos sábados ao invés de aos domingos.

E daí...?

É interessante como as pessoas se importam mais com as minhas ou vossas preferências do que com as suas próprias. Estão mais incomodadas com o pensar e agir do outro do que a sua própria consciência. Fazem juízo de valor a respeito do outro  mesmo não possuindo informação suficiente pra isso. Te julgam e te colocam etiquetas. A maioria dos meus estereótipos não são escolhas minhas, mas imposições de uma sociedade hipócrita e desocupada.

Quem foi que disse que ser cristão é sinônimo de ser de ser chato, de não viver a vida plenamente... pelo contrário vivemos uma vida de plenitude e tenho sem medo de errar, os amigos mais loucos, legais que eu poderia desejar.

As vezes  recebo  olhares  inacreditáveis  de pessoas que admiro, como se o fato de professar uma fé me fizesse menos inteligente. Temos uma ideia absurda de achar que gente inteligente é  ateia. Que religião é sinônimo de burrice, bitolice e fanatismo. Mas acreditem ou não grandes nomes da atualidade e do passado são cristãos. Um   exemplo atual   é  o  Neurocirurgião  e professor do Instituto Médico Johns Hopkins que também descansa aos sábados ao invés dos domingos. Um outro grupo amostral é um grupo de pessoas que residem em localidade americana chamada Lomalinda, se pesquisarem a respeito encontrarão resultados interessantes. Um grupo de pessoas predominantemente cristãs que chamam a atenção pela qualidade de vida que possuem.

As pessoas precisam para de medir as outras pelas suas próprias definições. Quase nunca receitas de bolo dão certo em se tratando de vida real, de pessoas. Os seus conceitos... suas definições não me servem. Não existe problema em ser diferente da maioria.  Não existe problema em querer, almejar e viver por convicções diferentes.
      
         Você pode até tentar se definir, mas por favor não limite alguém por suas definições!

Ana Nataly


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5 de abril de 2013

Saudades...



Saudades do tempo que conversar com meus amigos não precisava ser um evento previamente agendado, combinado com antecedência. Saudades de quando as coisas eram mais simples. Das noites do pijama sem consciência pesada pela prova ou trabalho do dia seguinte.

De sentar na calçada e conversar até se esquecer da hora. De sorrir sem motivos. Saudades do tempo da amarelinha, do elástico, da verdade ou consequência... do medo do primeiro beijo.

O tempo passa, as coisas mudam, crescemos e amadurecemos. Nos enchemos de compromissos e obrigações. Tomamos rotas diferentes dos nossos mais íntimos amigos e com isso fica cada vez mais raro aquele momento de confraternização. Pois hoje temos outras responsabilidades. Responsabilidades que as vezes nos afoga, nos consome.

Hoje gostaria de ser irresponsável... Hoje gostaria de todos os meus amigos perto de mim... uma boa panela de brigadeiro... um bom tapete... e aquela boa, velha e perdida falta de noção do tempo. Queria hoje me entregar a nostalgia das boas, velhas e engraçadas lembranças. Da facilidade de como a covardia se transformava numa bela refeição de folhas... Ou dos inúmeros codinomes usados no CEFET! Assim como daquelas longas e intermináveis conversas pelos corredores do campus, dos happy hours pós provas.

Mas infelizmente não posso, as gigantes obrigações já pedem o meu retorno... o inegociável tempo já volta a soprar. Tic Tac... o tempo não para como diria cazuza... e nem o mundo eu acrescentaria.

Na impossibilidade de me render aos meus desejos quero apenas deixar claro aos meus muitos amigos, que embora ausente e distante, tenho sempre vocês comigo em pensamento e no coração. Desejando sempre tudo de melhor para cada um e acompanho de longe cada vitória de vocês.

Enfim, Saudades do tempo que eu tinha tempo!!

Ana Nataly
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