5 de abril de 2013

Saudades...



Saudades do tempo que conversar com meus amigos não precisava ser um evento previamente agendado, combinado com antecedência. Saudades de quando as coisas eram mais simples. Das noites do pijama sem consciência pesada pela prova ou trabalho do dia seguinte.

De sentar na calçada e conversar até se esquecer da hora. De sorrir sem motivos. Saudades do tempo da amarelinha, do elástico, da verdade ou consequência... do medo do primeiro beijo.

O tempo passa, as coisas mudam, crescemos e amadurecemos. Nos enchemos de compromissos e obrigações. Tomamos rotas diferentes dos nossos mais íntimos amigos e com isso fica cada vez mais raro aquele momento de confraternização. Pois hoje temos outras responsabilidades. Responsabilidades que as vezes nos afoga, nos consome.

Hoje gostaria de ser irresponsável... Hoje gostaria de todos os meus amigos perto de mim... uma boa panela de brigadeiro... um bom tapete... e aquela boa, velha e perdida falta de noção do tempo. Queria hoje me entregar a nostalgia das boas, velhas e engraçadas lembranças. Da facilidade de como a covardia se transformava numa bela refeição de folhas... Ou dos inúmeros codinomes usados no CEFET! Assim como daquelas longas e intermináveis conversas pelos corredores do campus, dos happy hours pós provas.

Mas infelizmente não posso, as gigantes obrigações já pedem o meu retorno... o inegociável tempo já volta a soprar. Tic Tac... o tempo não para como diria cazuza... e nem o mundo eu acrescentaria.

Na impossibilidade de me render aos meus desejos quero apenas deixar claro aos meus muitos amigos, que embora ausente e distante, tenho sempre vocês comigo em pensamento e no coração. Desejando sempre tudo de melhor para cada um e acompanho de longe cada vitória de vocês.

Enfim, Saudades do tempo que eu tinha tempo!!

Ana Nataly

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