Saudades
do tempo que conversar com meus amigos não precisava ser um evento previamente
agendado, combinado com antecedência. Saudades de quando as coisas eram mais
simples. Das noites do pijama sem consciência pesada pela prova ou trabalho do dia
seguinte.
De
sentar na calçada e conversar até se esquecer da hora. De sorrir sem motivos. Saudades
do tempo da amarelinha, do elástico, da verdade ou consequência... do medo do
primeiro beijo.
O
tempo passa, as coisas mudam, crescemos e amadurecemos. Nos enchemos de
compromissos e obrigações. Tomamos rotas diferentes dos nossos mais íntimos
amigos e com isso fica cada vez mais raro aquele momento de confraternização.
Pois hoje temos outras responsabilidades. Responsabilidades que as vezes nos
afoga, nos consome.
Hoje
gostaria de ser irresponsável... Hoje gostaria de todos os meus amigos perto de
mim... uma boa panela de brigadeiro... um bom tapete... e aquela boa, velha e
perdida falta de noção do tempo. Queria hoje me entregar a nostalgia das boas,
velhas e engraçadas lembranças. Da facilidade de como a covardia se
transformava numa bela refeição de folhas... Ou dos inúmeros codinomes usados
no CEFET! Assim como daquelas longas e intermináveis conversas pelos corredores
do campus, dos happy hours pós provas.
Mas infelizmente não posso, as gigantes obrigações já pedem o meu retorno... o inegociável tempo já volta a soprar. Tic Tac... o tempo não para como diria cazuza... e nem o mundo eu acrescentaria.
Na impossibilidade de me render aos meus desejos quero apenas deixar claro aos meus muitos amigos, que embora ausente e distante, tenho sempre vocês comigo em pensamento e no coração. Desejando sempre tudo de melhor para cada um e acompanho de longe cada vitória de vocês.
Enfim, Saudades do tempo que eu tinha tempo!!
Ana Nataly
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